quarta-feira, 8 de setembro de 2010

ORIGEM DO HIP HOP AMAPAENSE


A HISTÓRIA DO HIP HOP EM MACAPÁ NO ESTADO DO AMAPA NOS ANOS 1995 A 2005

GUINHO BBOY


RESUMO

O presente artigo visa ressaltar a relação do Hip Hop em Macapá com as instituições públicas (governo estadual, municipal e federal) verificando aspectos de incentivo e organização do movimento no período de 1995 até 2005, passando também por sua representação social no contexto local. A metodologia empregada foi análise bibliográfica sobre o tema, mecanismos analíticos da história social e história oral, entrevistas, questionário relacionado a temática abordada, pesquisa em arquivos públicos e particulares como fotos, vídeos, projetos entre outros.Concomitante a isso, utilizou-se máquina fotográfica e gravador de voz para guardar o registro dos relatos autorizados e também sites que falam sobre o Hip Hop nacional e local. Entre os principais resultados esta a relação entre Estado e o Movimento na década de 1990 no sentido de incentivo cultural no qual teve um início difícil e com tempo foi melhorando nos anos de 2000 gradativamente apesar da falta de espaço adequado para prática do Hip Hop em Macapá.


Palavras-chave: História social , Movimento Hip Hop, Macapá, Discurso.


THE SOCIAL HISTORY OF HIP HOP IN MACAPÁ IN YEARS 1995 THE 2005
ABSTRACT

The present article aims at to stand out the relation of Hip Hop in Macapá with the public institutions (state, municipal and federal government) being verified aspects of incentive and organization of the movement in the period of 1995 up to 2005, also passing for its social representation in the local context. The employed methodology was bibliographical analysis on the subject, analytical mechanisms of social history and verbal history, interviews, thematic related questionnaire the boarded one, research in public and particular archives as photos, videos, projects among others. Concomitant to this, photographic machine and of voice was used recording to also keep to the register of the authorized stories and sites that speak on Hip Hop national and local. This enters the main results the relation between State and the Movement in the decade of 1990 in the direction of cultural incentive in which it had a difficult beginning and with time was improving in the years of 2000 gradual although the lack of space adjusted for practical of Hip Hop in Macapá.

Keywords: Social history, Hip Movement hop, Identity, Hip Hop in Macapá.


INTRODUÇÃO

A História Social se configura num mecanismo de busca e problematização que focaliza determinado aspecto da sociedade e busca analisá-lo e compreendê-lo dentro do contexto em que se desenvolveu, com base em suas singularidades e inferências. Quando se trata de algo que se situa dentro dos limites de atualidade, tal investigação é acrescida do discurso de seus atores, da visão dos sujeitos que tornaram possível tal ocorrência social, isso tudo à luz do panorama globalizado que ora se apresenta.
Desta feita, busca-se, no presente trabalho, focalizar a história social do Movimento Hip Hop (MHH), em Macapá, bem como sua representação para a sociedade local no período compreendido entre 1995 e 2005, caracterizando-o e verificando sua relação com as instituições públicas de fomento à cultura do Governo Federal, Estadual e Municipal quanto ao apoio e incentivo.
A metodologia perpassou por análise bibliográfica sobre a temática visando a história social, uma vez que ela proporciona pontos de vista e valores importantes de um determinado contexto que seriam descartados pela história vista de cima e, apesar de se constituir num estudo na área de história, buscou-se no relacionamento com disciplinas das áreas humanas – linguística, sociologia, antropologia, entre outras – pontos importantes para o enriquecimento do trabalho.
Nesse sentido, a ideologia é definida como um direcionamento político dado aos sentidos do discurso do componente do movimento Hip Hop ou do representante do governo evidenciando, assim, múltiplas relações construídas entre os sujeitos e o objeto que representa.
Outra contribuição metodológica importante foi a história oral, que propiciou comparações salutares entre documentos tradicionais e outros, particulares, como fotos, folders e sites sobre a ação do MHH em Macapá na década abordada. Faz-se necessário ressaltar a importância da história social para o entendimento do contexto estudado, fugindo um pouco dos documentos oficiais que fundamentam a participação social de atores que muitas vezes não são considerados pelos documentos convencionais históricos.
Segundo João Carlos Sebe Bom Meihy (2005), a história oral é um recurso moderno usado para reconhecer a experiência social de pessoas e de grupos ressaltando a história do tempo presente, também reconhecida como historia viva.
Empregou-se, neste caso, a história oral através de relatos gravados e questionários com perguntas pontuais sobre aspectos sociais do MHH em Macapá e sua relação com o Estado nas esferas Federal, Estadual e Municipal. Foram gravados três relatos autorizados e utilizados dez questionários com alguns pontos autorizados.
O resultado da pesquisa perpassou pela comparação dos documentos oficiais e particulares com os elementos da história oral, evidenciando aspectos relevantes sobre a relação entre o Governo do Estado do Amapá e o movimento Hip Hop,
Afora as questões políticas e culturais, tal enfoque propiciou também percepções representativas consideráveis sobre o papel do hip hop em Macapá como abarcador de jovens em situação de risco social.
Sendo assim, tal recorte temporal da história social do MHH procura contribuir com os estudos da história do Amapá em âmbito local, ainda incipientes, servindo de base para trabalhos futuros que possam traçar um panorama deste e dos demais aspectos enfocados na sociedade contemporânea.


A CULTURA HIP HOP

O Hip Hop surgiu nos Estados Unidos, em New York, no Bairro do Bronx na década de 1970, num momento de crise política americana com a renúncia do Presidente Richard Nixon e de transição tecnológica do analógico para o digital aproximando pessoas pela insatisfação social e política com a cultura de periferia (FELIX, 2005).
Caracterizado com o uma arte multifacetada, o Hip Hop apresenta quatro elementos, que são quatro pilares característicos fundamentais deste movimento, sendo a dança, a rima através dos raps, a grafitagem e os DJs, que conferem ritmo a todo esse contexto.
Segundo João Batista de Jesus Felix (2005), a dança é feita por um elemento conhecido como B.Boy ou B. Boying; a rima é realizada pelo Mc, que utiliza ou não o improviso ao representar o canto; a grafitagem é feita pelo Wrinting, que é o escritor e/ou grafiteiro representando a arte plástica, expressão gráfica nas paredes utilizando tinta em spray. São elementos que têm diferenças, porém apresentam um objetivo comum ao transmitir uma mensagem consciente de sua realidade.
A apropriação de uma cultura de fora do Brasil propiciou formalizar uma identidade plural ou multifacetada que frisam Rodrigo Lages e Silva e Rosane Neves da Silva (2008), pois nenhuma identidade é fixa, uma vez que se relaciona com outras estruturas sociais através de identificações como de gênero, etnicidade, nível educacional, gostos, entre outros.
Dessa forma, é pertinente considerar a funcionalidade da noção de identidade no sentido de “resgatar uma dimensão social”, como se houvesse um distanciamento entre o social e o individual. Neste contexto, o Hip Hop atuaria como um elemento facilitador, na função de mediar a aproximação dessas duas dimensões.
A percepção do hip hop sobre a sociedade contemporânea é vinculada a uma crítica ferrenha as formas de discriminação, exclusão social e marginalização a qualquer manifestação oriunda da classe pobre, definindo características particulares de identidade da periferia, mas não fora do contexto social que faz parte do plural dos grandes centros urbanos.
A origem mundial do MHH demonstra que ele é pautado na pausa dos movimentos contraculturais das décadas de 1960 e 1970 com uma calmaria da geração que inovou a estética e comportamentos dos jovens norteamericanos, especialmente das periferias, preparando um ensaio que seria a apresentação para o mundo de um movimento vanguardista que apareceu na mídia no início do decênio de 1980 (SILVA &SILVA, 2008).
No Brasil, o hip hop se instaurou no final da década de 1980, na cidade de São Paulo, com os encontros informais de jovens na Rua São Bento, próximo à estação do metrô. Os iniciantes do hip hop eram brasileiros que dançavam break ao som da música Black (FÉLIX, 2005).
Esse processo de iniciação do que viria ser o hip hop brasileiro se caracterizava como o período dos Bailes Blacks, onde a consciência racial e orgulho negro divulgados pela Soul Music por artistas nacionais como Jorge Benjor, Tim Maia, Cassiano, Gerson King Combo, entre outros, começava a gerar uma nova ação comportamental, em especial na camada mais jovem da população afrodescedente (RIBEIRO, 2008).
O tipo de dança de rua denominada Break foi, então, a primeira manifestação do hip hop no Brasil e passou a ocorrer em várias áreas urbanas do país. Entre esses espaços urbanos, apareceram as figuras do pai do Break nacional, Nelson Triunfo e a primeira equipe de Break Dance, os Jabaquaras Breakers.
Os primeiros anos do movimento no país foram difíceis, uma vez que seus adeptos eram perseguidos pela polícia ou desacreditados e ridicularizados, segundo Cristian Carlos Ribeiro (2008), até mesmo nos próprios Bailes Blacks. Este quadro começa a se modificar em 1983, através dos clipes de Michael Jackson – em especial das músicas “Thriller”, “Billie Jean” e “Beat It” – e da abertura da novela das oito da rede Globo de Televisão, “Partido Alto” (que apresentava uma coreografia composta por dançarinos de break), que acabam por revelar a break dance como uma forma de dança moderna, uma forma de arte respeitável.
Para o autor, tal transformação positiva propiciou objetividade a esse movimento que procurava mostrar as precariedades sociais, fenômeno este que era restrito no início e se espalhou por várias partes do Brasil como Santo André, São Bernardo do Campo, Campinas, Brasília, Porto Alegre, Recife, Belo Horizonte e também chegou a Macapá em meados da década de 1980.
Um aspecto importante do MHH é justamente servir de porta-voz das periferias brasileiras, consolidando-se, já no decênio de 1990, como um movimento de várias cidades que passa a ter espaço nas políticas públicas de incentivo cultural para o seu desenvolvimento.
Hoje, em âmbito nacional, o movimento hip hop é uma manifestação reconhecida pela mídia, pelos estados brasileiros e por boa parte da população, que dele tem um olhar positivo, diferente do que ocorria em seus primórdios, quando não tinha uma valorização salutar por questões de falta de conhecimento e um prejulgamento pautado em preconceitos.
Umas das suas importâncias mais elevadas para a sociedade e para alguns jovens brasileiros pobres, consiste no fato de ser o MHH uma oportunidade significativa para muitas vezes fazê-los sair de situações de risco social, através de uma prática construtiva e crítica.
Para Cristiano Carlos Rodrigues Ribeiro em “Novas formas de vivência nas polis brasileiras? A ação transformadora da realidade urbana brasileira pelo movimento hip hop”(2006), no qual ressalta uma análise de grupo étnico-racial de jovens afrodescedentes na gestão urbana e política da cidade de Campinas dizendo que o andamento do hip hop é uma reconstrução de identidades, desenvolvido pelo movimento nas sociedades onde ele se insere, dá origem a constituição de um novo patamar urbano de organização social que leva em consideração as dicotomias que formam e caracterizam os procedimentos de construção de uma verdadeira sociedade democrática e igualitária, (RIBEIRO, 2008).
A idéia do autor mostra que o movimento hip hop foi um instrumento reivindicatório dos jovens atores sociais deste contexto, que buscavam questionar pontos de uma determinada prática de política de exclusão social. Tal pensamento é parecido com o questionamento dos jovens de Macapá que procuraram fortalecer a cultura hip hop em Macapá perpassando pelas mesmas faltas do poder público, o que, com o decorrer das décadas foi se modificando por questões de interesses mútuos.


CULTURA HIP HOP EM MACAPÁ E SUA RELAÇÃO COM O ESTADO

Da mesma forma que ocorreu com qualquer outro movimento social e cultural, o Hip Hop buscou seu reconhecimento na sociedade macapaense passando por preconceitos, marginalização e reconhecimento por uma parte da população. Esta parte do trabalho será pautado nos relatos dos atores sociais que fizeram e fazem parte do MHH local e também de um documentário relacionado a origem do B. Boy no Estado do Amapá.
Em Macapá a cultura hip hop teve seu começo em meados da década de 1980 através de alguns jovens vindos de outras cidades brasileiras como Belém e Santarém. Segundo os relatos ressaltaram, a princípio havia apenas a prática de passos da break dance, o que foi influenciado pelos clipes de Michael Jackson, tendo de certa forma uma semelhança com o início do movimento em de outras cidades do Brasil, inclusive em Campinas, município de São Paulo.
De acordo com o documentário “A origem do B.Boy no Estado do Amapá – parte I”, Amina, que foi o precursor do hip hop em Macapá em 1982, envolvido pela febre do break dance mundial da época, ele estimulava outros jovens a praticarem o Break que era uma novidade no pensamento que se tinha de dança. Todos os dias, os praticantes se reuniam em sua casa, na Zona Norte de Macapá, para ensaiar.
No decorrer desse período, foi criado o primeiro grupo de dança, os “Cobras Verdes” e depois muitos outros que viriam ser formados na capital do Amapá. Amina participou do MHH de 1982 até 1990. Neste panorama, apareceram outros jovens como Billy, que até hoje está na ativa, Ligeirinho, que participou de 1982 a 1997; Kety, de 1983 a 1996, no período introdutório da cultura hip hop.
Os vanguardistas se reuniram na Praça Isaac Zagury, que é hoje a Praça Beira Rio, em Macapá, para organizar rodas de break e disseminar o que era moda na época. Porém, seu início foi muito difícil pelo olhar de preconceito da população que, por não conhecer esta manifestação inovadora, tachava-os de membros de gangues ou vagabundos, sendo que muitas vezes eram perseguidos por policiais passando por agressões e constrangimentos na hora de seu desempenho artístico.
Na época havia uma organização tímida em determinados centros sociais, conseguidos por alguns membros do MHH para reunir os participantes, como no caso o CAN 4, que é onde atualmente funciona o Centro de Apoio ao Trabalhador no Bairro do Buritizal. Segundo José Carlos Melo Pereira (Jhony Robô), que participou do movimento durante seis anos, foi um período de descobertas de jovens em relação à cultura da dança de rua e do relacionamento em um grupo social. Para alguns era a primeira vez que passavam por essa experiência, pois eram adolescentes que passaram a ter contato com uma cultura mundial com retoques regionais.
Na visão de Edivaldo Pinto Videira (B.boy Guinho), o principal expoente do MHH de hoje em Macapá, quem participava no início visava um status social por parte dos componentes, buscando a valorização pelo sexo oposto ao realizar uma boa apresentação nas boates, em festas conhecidas na época como Pipocas. Essas festas aconteciam no Círculo Militar, Trem do Desportivo Clube, Babilônia, Baby Doll, Star Night Club, entre outros lugares, que eram pontos certos de encontro dos grupos na década de1990.
Os principais grupos da época, segundo Edinaldo Sousa Oliveira (Nego) eram o American Hip Hop, Beat Streat, Bit of Boys, D’Funk Boys, Demônios do Break, Delore Rap (feminino), entre outros.
Como Ventura (2009) coloca, a idéia básica da cultura Hip Hop era e ainda é haver uma disputa com criatividade, não com armas, uma batalha de diferentes (e melhores) estilos, para transformar a violência insensata em energia positiva, percebe-se que a organização dos grupos locais era uma maneira de resgatar jovens em situação de risco social que, ao invés de procurarem drogas e criminalidade, aprendiam a dançar, tocar, grafitar e criavam letras de músicas (os raps).
Josiel da Silva Ramos (Jojô), também um dos elementos sustentadores da cultura hip hop em Macapá, ressalta que aconteciam rivalidades ao extremo nas boates ou fora das mesmas, pois junto com os componentes do movimento havia gangues de determinados bairros da cidade de Macapá que se relacionavam ou pressionavam alguns membros para que tivessem esta relação muitas vezes indesejada. Este aspecto manchava o movimento em relação à sociedade da época por causa das brigas que lhe eram atribuídas.
Por outro lado, é pertinente frisar, de acordo o relato de que Nego e de alguns jornais da época, que aconteceram em Macapá eventos promovidos por empresários como Raul Silva e Allain Cristoffer, ocorrendo, assim, as primeiras disputas entre os grupos iniciais de Hip Hop nos anos de 1995 a 2000.
Quanto ao aspecto político do MHH, sobre o incentivo governamental, José Carlos Melo Pereira (Jhony Robô) afirma que o Governo do Estado desenvolveu as primeiras políticas de apoio no início da gestão de João Alberto Capiberibe, sendo tal relato fortalecido pelo funcionário Alexandre Pelaes, que trabalha no governo estadual há 14 anos na área da cultura (Secretaria de Cultura do Estado do Amapá-SECULT), ressaltando que o governo, nessa época, propiciava eventos de promoção do Hip Hop em Macapá.
De acordo com relatos de outros participantes, era um incentivo tímido e sem sua devida importância para o movimento. É bem verdade que nesta época havia uma valorização dos grupos da zona norte de Macapá em detrimento dos da zona sul no que diz respeito estímulo cultural.
Nesta fase, os grupos começam a se organizar e se oficializar para o melhor reconhecimento dos órgãos públicos. Segundo o B.Boy Guinho, o início da década de 2000 mostrou-se um novo período de expansão do MHH através do acesso a tecnologias de comunicação como a internet, o que proporcionou uma relação com determinados grupos de Hip Hop do Brasil e do exterior, disseminando as primeiras batalhas e campeonatos de Hip Hop pela cidade de Macapá e por outros municípios do estado do Amapá, inclusive com participações de componentes internacionais desta manifestação vindo a Macapá.
De acordo com esta idéia, Stuart Hall (2006) ressalta que as experiências culturais pela globalização se interconectam propiciando novas combinações espaço-tempo. Assim, foi um fator preponderante a novos conhecimentos de outros países através da cultura Hip Hop, havendo um intercâmbio fortalecedor do movimento em âmbito local.
O governo de Waldez Góes, que se seguiu ao de Capiberibe, dispensou mais ainda o apoio para cultura Hip Hop: B. boy Guinho lembra que foram construídos estandes exclusivamente para o MHH na época da Expofeira, que é um dos maiores eventos turísticos do Amapá. Além disso, houve uma ajuda substancial do governo estadual para as batalhas e campeonatos ocorridos nos anos de 2004 até o último, que aconteceu no ano de 2010.
A Prefeitura do Município de Macapá também fez parte do incremento do MHH local, sobretudo no período dos eventos de verão conhecidos como “Macapá Verão”, selecionando determinados grupos para se apresentarem ao público como atrações artísticas nos balneários da cidade, remunerando-os por tal atividade.
Tais particularidades de incentivo ao hip hop em Macapá nasceram de um esforço de seus sustentadores, que buscavam ajuda nos órgãos públicos e, segundo alguns componentes do movimento, como José Azevedo (Dj) e B.Boy Guinho, essa relação servia de manobra política para determinados grupos que buscavam tirar proveito ao ajudar tal manifestação.
No entanto, os que pertenciam ao movimento, cientes de seu papel político e social, cultivavam essa relação, que no seu início foi tímida e distante, nas boates, em Macapá, na década de que vai de 1990 até 2000, ressaltando dificuldades e preconceitos aos participantes do movimento neste período.
Porém, a partir do governo de Waldez Góes a relação do governo estadual melhorou consideravelmente no que diz respeito a incentivo a cultura. É bom lembrar que no governo de João Alberto Capiberibe existia um setor específico que promovia políticas públicas para a juventude conhecida como Assessoria para a Juventude, tendo como responsável o hoje ex-deputado estadual Randolfe Rodrigues, que desempenhou projetos importantes para os jovens freqüentadores do Hip Hop, em que cedia salas a alguns grupos de Hip Hop treinarem.
Inclusive, de acordo ao relato de Edinaldo Sousa (Nego), em 1996, no Teatro das Bacabeiras, houve um evento patrocinado pelo governo. Tal afirmação junto aos documentos oficiais da época ressaltam que os órgãos públicos davam apoio para o hip hop em Macapá no decênio de 1990 e foi mais ainda na década seguinte.
























CONCLUSÃO

Como se verificou no decorrer do presente trabalho, a inúmeros posicionamentos e pontos frisados na fala de cada ator envolvido neste contexto que funciona historicamente e transmite uma ideologia, um direcionamento político dado aos sentidos que o permeiam. No caso do Movimento Hip Hop, a ideia é de inclusão, de construção crítica da sociedade através da identidade que confere aos seus atores sociais.
As comparações da história oral com relatos e os dados levantados através dos questionários propiciaram percepções consideráveis sobre o papel do Estado como gestor e fomentador cultural em Macapá sobre o movimento hip hop.
É pertinente ressaltar que o movimento Hip Hop da década de 1990 teve um início difícil com perseguições pelo estado através de policiais por ser um uma manifestação nova para período foi marginalizada tanto pelo aparelho estatal e pela população.
Nota-se, ainda certa exclusão no início do decênio de 1990 e um incentivo cultural com uma afinidade na última década e também como manobra de massa política segundo frisado por Guinho, um dos sustentadores da cultura hip hop no município de Macapá.
Na última década, com a força de sua vanguarda, o MHH foi valorizado o em parte pelo Estado e teve um outro olhar por parte da sociedade local. Assim, nesse processo de vem desde seus iniciadores até a valorização da criação por parte da Câmara de Vereadores de Macapá no dia 22 de novembro 2009 o dia do hip hop em Macapá, selando uma nova época para o movimento graças aos seus mantendedores e sua vanguarda.
Ressalta-se ainda, que, da mesma forma como vem acontecendo em outros estados da federação, em âmbito local, o MHH se tem configurado na salvaguarda de jovens e adolescentes em situação de risco social e que a história social desse período é ainda bem vívida, graças aos que dela fazem parte de maneira crítica e construtiva.



REFERÊNCIAS

FÉLIX, João Batista de Jesus. Hip Hop: cultura e política no contexto paulistano. São Paulo: USP, 2005.
HALL, Stuart. A questão da identidade cultural. Tradução por Andréa B. M. Jacinto ; Simone M. Frangella. 4 edição revista e ampliada. Campinas: IFCH/UNICAMP, 2006.

MEIHY, José Carlos Sebe Bom. Manual de História oral. 5ªedição. Editora Loyola. São Paulo.2005.

ORLANDI, Eni Puccinelli. Análise de discurso: princípios e procedimentos. Editora Pontes,6ªedição. Campinas, São Paulo, 2005.

RIBEIRO, Christian Carlos Rodrigues. Novas formas de vivências nas Polis brasileiras? A ação transformadora da realidade urbana brasileira pelo movimento hip hop. São Paulo: Grupo de trabalho Participação e Movimentos Sociais, 2008.
SILVA, Rodrigo Lages e SILVA Rosane Neves da. Paradigma preventivo e lógica identitária nas abordagens sobre o Hip hop. Fractal Revista de Psicologia. v. 20 – n. 1, 2008.

VENTURA, Bruno. História da Cultura Hip Hop. In: www.overmundo.com.br/. Acesso em 05/08/2009.

domingo, 11 de julho de 2010

Hip Hop Sem Fronteiras 2010 será realizado em Macapá

Hip Hop Sem Fronteiras 2010 será realizado em Macapá
Movimento ganhou espaço no Amapá e hoje se configura como o maior encontro de jovens da Região Norte
O movimento Hip Hop do Amapá se organiza para dar início ao “V Hip Hop Sem Fronteiras”, pois será realizado em Macapá no Park do Forte, a margem do Rio Amazonas o maior rio do mundo, o Festival iria ocorrer no período de 29 de julho a 1º de agosto, no município de Oiapoque, mais por falta de recurso e estrutura que o evento pede, foi transferiodo para os dias 07 e 08 de agosto, agora os grupos poderão se organizar melhor e se preparar para o grande confronto, diz Guinho bboy, Grupos de Macapá, Santana, Pará, Guiana Francesa e de outros municípios do Estado participarão do evento. O projeto cultural é desenvolvimento pela Companhia de Dança de Rua Amapá B.Boys – Macapá Break, em parceria com o Instituto Jovens Livres e com a Federação Amapaense de Dança de Rua Original/B.Boys E B.Gilrs, com apoio do Governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).

Nos últimos dois anos o evento ganhou maior visibilidade, mais colaboradores e mais grupos de Hip Hop de todo o Estado, que darão o melhor de si na batalha que premiará com R$ 6 mil a melhor apresentação em grupo e R$ 3 mil o melhor B.boy, na batalha individual. Segundo o coordenador do evento, Guinho B.Boy, a expressão \"batalha\" simboliza o confronto saudável entre as equipes. Não há contato físico, gestos obscenos e nem palavrões. O que contam são criatividade e dinamismo das performances.

Guinho B.Boy lamenta que nos tempos atuais a discriminação contra os movimentos Hip Hop ainda persista. “A sociedade nos julga de maneira errada, pelo fato de dançarmos de maneira diferente e por fazermos críticas, em nossas letras, à sociedade e ao mundo em que vivemos e não percebe que esse é o jeito de nos expressarmos. Hip Hop é cultura negra, é posicionamento crítico, é o nosso olhar sobre a vida, é arte, é a nossa realidade”, afirma.

Jovens, adolescentes e crianças se preparam para a batalha. Grupos como MCDA B.boys, Macapá Break, Movimento Negro, Nação Hip Hop do Laranjal do Jari, Cia de Artes Zopura, Red B.boys, Master Crew, Star Break, Fro B.boys, Nova Geração Afro, Super Crew, Conectio B.boys, Garotos do Break, As B.girls, Power Style do Oiapoque, Conexão Break do Porto Grande, Estilo Break, Star crew e DFT da Guiana Francesa já confirmaram participação.

O projeto Hip Hop Sem Fronteiras surgiu com a finalidade de difundir essa manifestação cultural no Amapá e contribuir com a redução do índice de violência, favorecendo o intercâmbio cultural entre as comunidades amapaenses, Estados do Norte e Nordeste e países vizinhos. A primeira edição, realizada em julho de 2006, deu o grande salto para a revelação de categorias no movimento estadual: grupos de dança de rua (b.boy), grafiteiros, DJs e MCs. A partir daí foi aberto um canal de comunicação entre os grupos, que se organizaram e conseguiram o reconhecimento do Festival de Hip Hop do Amapá como o maior encontro da juventude da Região Norte, segundo o coordenador geral do evento.

O movimento tem como principal objetivo promover cidadania e a inclusão social de jovens em situação de risco, através da dança de rua e das artes (grafitagem, DJs, etc) elementos que compõem a cultura Hip Hop.

Para participar do evento é preciso que os grupos de b.boys e de b.girls (dançarinos) façam a inscrição pelo e-mail: macapabreakap@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO
Período 07 de julho chegada das delegações dos municípios e estados do norte do Brasil e coletiva com a imprensa.
Hora: 16h local Park do Forte



Dia 07 - sabado – Atividades (aula de dança de rua), às 8h na fortaleza são José de Macapá.
19h – Show de equipe – e batalha 1x1 no Park do Forte

Dia 08/ de agosto - domingo – Atividades ( Hip Hop e as políticas públicas), às 8h
19h – Show de equipe - Crew
Local: Fortaleza São José de Macapá

Pelas manhãs serão ministradas palestras, seminários, oficina de hip hop, e rádio comunitário.

Mais informações
Guinho B.boy: 9111- 91130 / 9962-0486
Iracilda Tavares
Assessora de Comunicação
Secretaria de Estado da Comunicação
B.boys inscritos Batalha Individual
Item Nome Crew
01 Fabio Estilo negro
02 Jhonatan Estilo negro
03 Diego Oiapoque crew
04 Douglas Oiapoque crew
05 Adriano Macapá break
06 Traning Macapá break
07 Preto MEC loucos
08 Tapioca Cia zopura
09 Coréia Cia zopura
10 Xuxu Estilo break
11 Chacal Estilo break
12 Wesley Red bboys
13 Worlem Star break
14 Rodrigo lacerda Jarí
15 Rogério jari
16 Fama Belém

terça-feira, 18 de maio de 2010





V HIP HOP SEM FRONTEIRAS
OIAPOQUE - AMAZÔNIA - BRASIL


REGULAMENTO

DA PROGRAMAÇÃO

Período: 07 a 08 de AGOSTO 2010
Dia Dia 06(sexta) às 18h - Freestyle na Beira Rio
Dia 07 (sábado) às 18h - Show de equipe no Oiapoque e batalha 1x1 em Park do Forte

Dia 08/08 (domingo) às 19h - Batalha na Fronteira no Oiapoque.
As batalhas serão realizadas em crew (8x8) podendo a crew participar com no mínimo cinco bboys.
2 Fica extremamente proibido o contato físico intencional com o adversário durante as batalhas. (Passível de desclassificação dependendo da interpretação dos jurados)
3. Desde que comprovada à criação de brigas ou tumultos dentro do evento Hip Hop Sem Fronteiras, o(s) competidor (ES) será convidado a se retirar da competição dependendo da gravidade da situação.
4. Cada b-boy/b-girl 1x1 terá direito a duas entradas e na final três entradas para cada bboy.
6. O método de julgamento dos jurados será por votação e não por pontuação, eliminando qualquer possibilidade de empate em suas votações.
7. Cada b-boy/b-girl deve esperar o fim de cada execução dos movimentos do adversário para revidar, podendo responder imediatamente, mas nunca ao mesmo tempo.
8. Será julgada a dança Breaking (b.boying) como um todo. Desde a entrada do b-boy/b-girl até a sua finalização.
9. Caso o participante seja menor de idade (menor de 18 anos) é necessário enviar para a produção do evento a autorização do responsável legal para participar do evento, bem como cópia do documento do responsável.
10. As inscrições estarão abertas de 21 de maio de 2010 a 20 de julho de 2010.

PS.: A dança é uma arte e como toda arte não é passível de julgamento. Pode-se avaliar a técnica, os fundamentos, mas jamais definir que o estilo de um b-boy/b-girl é melhor do que o outro. O julgamento é subjetivo, variando de jurado para jurado, de situação para situação e os participantes devem estar conscientes do universo de possibilidades de um evento deste nível. Deve-se procurar mesmo que em utopia a perfeição, avaliando a si mesmo antes do questionamento aos outros.

1. A batalha de crew serão apenas 08 b.boys, ou seja, 8x8 e será na Praça de Oiapoque.
2. Na batalha de b.boy (individual) será 16 competidores e de crew será apenas 08 equipes, selecionada através do show de equipes, sendo que o show de equipe terá no Maximo 6 minutos de espetáculo por crew. A ordem de cada batalha será através de sorteio, realizado no dia 30/07/2010 (Freestyle). O tempo de cada batalha será de 08 minutos 8x8, ou 02 entradas para cada b.boy no individual 1x1. Não vai ser permitido palavrão, gestos obscenos e muito menos contato físico, caso ocorra à equipe perderá ponto. Todos os competidores deverão estar uma hora antes da programação.
3.
DAS PREMIAÇÕES

4. 1° Lugar – CREW: Troféu + R$ 6.000,00
2º Lugar- CREW Troféu + R$ 500,00
5. 1° Lugar- INDIVIDUAL: Troféu + R$ 3.000,00
2º Lugar – INDIVIDUAL: Troféu + R$ 500,00

DO JURADO

6. Os jurados serão pessoas competentes e capacitadas em avaliar a melhor performance, durante a batalha os jurados apontarão com o dedo o vencedor, o resultado de cada batalha será imediato e a decisão dos jurados será irrevogável e irrecorrível.
7. Os jurados serão: b.girl Miwa, bboy Matrix, e Edisson Garcia da Colombia..
8. Será avaliado; apenas o estilo B.Boying. Ou seja, Popping, Locking, Up Rocking e qualquer outra forma de dança não serão aceitas pelo júri. Caso o participante encaixe uma outra forma de dança sua entrada será invalidada.
Serão avaliados Top Rock, Going Down ou Drop, Neck Move, Foot Work, Freeze, stance, estilo e Power Move com finalização. Dentro disso será analisado:
Fundamentos – O conhecimento que o dançarino demonstra ter, enquanto dança, dos movimentos básicos, e de como se utiliza deles.
Técnica – A limpeza e precisão, assim como uma boa execução dos movimentos.
Ritmo – Esse quesito é o mais importante de todos. O dançarino deve, sempre, estar dançando conforme o ritmo da música.
Musicalidade – O conhecimento musical e capacidade que o dançarino tem de utilizar diferentes seções da música, além da batida principal, como instrumentos, vocais, quebras musicais, e "traduzir" essas seções através de sua dança.
Criatividade – É o quão original o dançarino consegue ser, seja dançando de uma forma diferente e única, ou com movimentos originais (próprios), trazendo algo de novo e criativo para a cena.
Variedade – O dançarino deve, ao decorrer das batalhas, procurar não repetir movimentos, ou seja, a cada entrada fazer algo diferente do que já fez na mesma batalha e até nas batalhas anteriores.
Personalidade e presença – O modo de agir e se portar durante a sua batalha, de um modo original, com um diferencial que identifique o dançarino, o faça diferente dos demais, e também detalhes como expressão, contato visual com o oponente, com os jurados e o público, etc.
Espírito de batalha – O modo de agir e reagir dentro de uma batalha. Pode ser de diferentes formas, mas sempre com a consciência de que se está dentro de um confronto. A atitude de conseguir atingir e questionar as habilidades de dança do oponente, sem apelar para o lado pessoal, ou seja, com respeito.
Qualquer tipo de contato físico a entrada será invalidada e no caso de agressão o participante responsável será desclassificado do campeonato.
Qualquer tipo de gesto obsceno durante a batalha o participante responsável terá sua entrada invalidada.
O participante que não comparecer na batalha em 01 minuto após a solicitação de sua presença será desclassificado.

DAS INSCRIÇÕES

1. A taxa de inscrição será R$ 50,00 por crew e R$ 10,00 no individual (categoria b.boy), a efetuação do pagamento será rigorosamente cobrado pela organização do projeto e será dado um prazo até de 21 de maio a 20 de julho, e só será considerado inscrito a crew,ou b.boy que estiver pago a sua taxa de inscrição e entregue a ficha preenchida no prazo determinado, caso a crew não tenha pago no prazo determinado a mesma será impedida de entrar no ônibus que sairá de Macapá para o Município de Oiapoque.
2. A taxa de inscrição dará direito apenas ao líder de cada crew de ter esclarecimentos, dúvidas e reclamações sobre este regulamento.
3. Haverá batalha de crew (grupo) 8x8, e de (b.boy) individual.

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

OBS: Lembrando que a organização do evento é soberana em todas as decisões, podendo este regulamento, ser alterado a qualquer tempo pela mesma e suas decisões serão irrecorríveis e irrevogáveis. Não será permitido desacato verbal aos jurados e a organização, ofensas moral que venha denegrir a imagem do jurado ou do evento, caso ocorra, o bboy ou a crew, terá as seguintes penalizações: ficará fora das próximas edições do evento, pagará uma taxa de R$ 200,00 reais para a organização. Não será permitido o uso de bebidas alcoólicas no alojamento, no evento e nem durante a viagem, Caso ocorra a crew não participará do evento. Caso haja desistência não haverá devolução do dinheiro do bboy 1x1 ou da crew.
4. Os inscritos só terão acesso à premiação se pagar a sua inscrição no prazo determinado. As delegações de outros estados deverão estar em Macapá no dia 06/08/2010.
5. O pagamento das inscrições deverá ser efetuado no Banco do Brasil, Conta Corrente: 15432-6 Agência: 3851-2 Edivaldo Pinto Videira Presidente da Companhia de Dança de Rua Amapá B.boys.
6. Pela adesão ao presente regulamento, desde já a CREW ou B.BOYNG autoriza a Companhia de Dança de Rua Amapá B.boys - Macapá Break a registrar e utilizar sua imagem em mídia, imprensa, internet e materiais institucionais, exclusivamente para divulgação do projeto HIP HOP SEM FRONTEIRAS FESTIVAL INTERNACIONAL 2010 e de seus contemplados, podendo a companhia, inclusive, autorizar que terceiros utilizem essas imagens para a mesma finalidade. Autoriza também para o Brasil e para o exterior.
7. A organização do evento disponibilizará apenas do transporte para o local do evento e alojamento sendo que cada um deve levar lençol e objetos de uso pessoal.
8. A alimentação será por conta de cada crew.
9. Não nos responsabilizaremos pela guarda de objeto de valor.
10. Qualquer dúvida ou informações entrar em contato com a organização do evento,
• macapabreakap@gmail.com
Guinho B. boy (96) 91191130
• mecjol@gmail.com
Pr. Orivaldo (96) 99620486
• kekeu-22ap@hotmail.com
Raquel (96) 99097179

REALIZAÇÃO

MACAPA BREAK

segunda-feira, 12 de abril de 2010




Edivaldo Pinto Videira, conhecido como Guinho bboy, nasceu no dia 08/07/1977 e se criou no estado Amapá cidade de Macapá na comunidade do Bairro Buritizal, apesar de não morar em Comunidade Quilombola, ele tem raízes profundas no Município de Mazagao e na comunidade Nossa Senhora da Conceição na comunidade do Maracá, onde seus pais nasceram, sempre gostou de jogar futebol, terminou o 2º grau e trabalha como agente comunitário de saúde formado em técnico de enfermagem. No ano de 1990 aos 13 anos de idade começou a dançar break com o grupo Beet street, em 96 já era um profissional de dança de rua e militante do movimento Hip Hop, foi jurado de varias batalhas de b.boys em Macapá e Santana, onde foi fundador do grupo Tecno Beat, Contra Mão e grupo de rap SJC, chegou a dançar com o grupo América Hip Hop, Os Mc´s, Magnetos, e hoje é fundador da ONG Cia. de Dança de Rua Macapá Break, que trabalha com crianças jovens e adultos, nas periferias de Macapá, realizador de vários festivais e oficinas de Hip Hop no Estado do Amapá, com objetivo de desenvolver o pensamento de integração, participação e união entre adolescentes, jovens e adultos excluídos da sociedade, a população de baixa renda nas periferias da capital, municípios pequenos e comunidades ribeirinhas.

Em 2007 foi agraciado com o Diploma de destaque Cultural Popular, no dia Nacional da Cultura no Teatro das Bacabeiras, por prestar serviços culturais nas periferias de Macapá e municipios vizinhos.
Realizador do amior Festival de Hip Hop do norte do Brasil em 2009 ( Hip Hop no Meio do Mundo).

Em 2010 junto ao Vereador Aldrin, Foi intituido o Dia Municipal do Hip Hop, no dia mundial do Hip Hop na Câmara de Vereadores 12/11/2009.

Agregou várias iniciativas importantes que buscam a transformação social e tratam de temas diversos como a luta antimanicomial, educação sexual de jovens, situação de adolescentes em conflito com a lei, literatura marginal, dentre outros. Além de possibilitar o conhecimento das diversas formas de organização, a exemplo da cultura hip – hop, Guinho busca fortalecer redes e movimentos sociais e culturais, tendo a educação e a informação como instrumentos de promoção de mudanças sociais.

Através da cultura hip-hop, ele pretende ajudar na articulação dos jovens os movimentos sociais, promovendo sua cidadania e a inclusão social, como eixo de um projeto integrado dirigido a jovem em situação de risco social, que tem por objetivo promover a valorização da auto-estima e a construção de uma nova percepção da vida, incentivar o protagonismo juvenil, quebrar certos tabus que a sociedade colocou sobre o movimento Hip Hop, trabalhar a geração de emprego e renda...

Edivaldo Pinto Videira, conhecido como Guinho bboy, aos 12 anos, assistiu à atuação de Maikel Jhekcson em alguns vídeos, pensei comigo mesmo: eu também posso'.

Guinho vem dividindo o seu tempo entre a família, estudo, trabalho e treinamento da companhia.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

B.boy Mause do Oiapoque fazendo sua fala- - no ato politico cultural


Eu sou o Mause do Oiapoque, faço parte do grupo Power Style, e tambem faço parte da Federação Amapaense de Dança de Rua Original - FADRO, Em nome da comunidade do Oiapoque eu quero dizer, que É legitimo essa manifestação da cultura e dos estudantes, pois la no Oiapoque passamos por varias dificuldades, precisamos de investimento, na educação, segurança, saneamento basico e principalmente na cultura, pois somos ainda discriminados, e não existe um programa cultural ou uma politica cultural que nos contemple, quase sempre ficamos de fora das atividades culturais. Eu agradeço a Desus e a todos os b.boys aqui presentes, e obrigado pela oportunidade.

sábado, 6 de fevereiro de 2010


B.boy Didi, B.boy DJ(MCDA), B.boy training, Kekeu, B.boy Guinho e B.boy Jhon da Cia. Macapá Break, no ato Político e Cultural na Assembléia Legislativa do Amapá.

B.Boy Fabricio e B.Boy Jhon na Assembléia Legislativa.